sábado, 30 de janeiro de 2016

Os 10 países mais corruptos do mundo, segundo ONG

ONG Transparência Internacional divulga lista dos países vistos como os mais corruptos do mundo

Na última quarta-feira, dia 27, o site do canal de notícias norte-americano CNBC divulgou a lista dos países percebidos como os mais corruptos do mundo pela organização não-governamental Transparência Internacional. A lista é estabelecida através da identificação das nações onde a corrupção estatal é menor, e onde os oficiais do governo podem ser mais facilmente levados a julgamento por crimes como a lavagem de dinheiro e o recebimento de propinas.
José Mário Vaz
Imagem: Diário Digital

10º - Guiné-Bissau

O país africano é governado pelo ditador José Mário Vaz, membro da sigla socialista "Partido Africano para a Independência de Guiné e Cabo Verde", que foi acusado de desviar mais de nove milhões de Euros que seriam dados a Angola, país com do qual é alidado. O grupo de Vaz chegou a governar Guiné-Bissau em um regime de partido único, com apoio da China, de Cuba e da União Soviética, durante a guerra fria. O PIB de Guiné-Bissau é um dos mais baixos do mundo, e o índice de desenvolvimento humano é um dos piores do planeta. A economia é essencialmente agrícola, e mais de 90% das exportações do país são de côcos e castanhas. O pequeno Estado também sofre com o tráfico de drogas, com destaque para a cocaína.

9º - Venezuela

A nação sul-americana é governada desde 2002 pelo regime fundado pelo já falecido líder Hugo Chávez. Apesar de prometer grandes melhorias sociais para os mais pobres, o regime chavista tornou a Venezuela o país mais violento do continente, e chocou o mundo com as imagens de filas gigantescas para a compra de bens essenciais, como os alimentos. A nação também é afligida pela falta de bens básicos, como o papel higiênico. Apesar da pobreza e da grave crise de desabastecimento, a família de Hugo Chávez é acusada de ter enriquecido por meios escusos - sua filha é considerada a mulher mais rica do país pelo veículo de comunicação Latin Post, com uma fortuna superior a quatro bilhões de dólares.

8º - Iraque

Além de passar por mais de 20 anos da ditadura do partido socialista árabe Baath, o Iraque teve de sobreviver a duas guerras nas quais foi invadido pelos Estados Unidos, e, atualmente, tem seu território disputado pela organização terrorista Estado Islâmico. O país foi governado com mão de ferro por Saddam Hussein, que chegou a usar gás mostarda contra a população civil, na tentativa de exterminar a etnia curda  - seu regime durou de 1979 até 2003. Desde então, o país sofre uma sucessão de tentativas de tomada do governo por organizações extremistas islâmicas, e registra grandes quantidades de recursos desviados em corrupção, no tráfico de armas e no roubo do recurso natural mais importante que possui: o petróleo.

7º - Líbia

A Líbia, que até 2012 era conhecida como "Grande República Socialista Árabe da Líbia", foi governada pelo coronel Muammar Kadafi durante 42 anos. O regime, integrante do movimento conhecido como "socialismo árabe", promoveu execuções de opositores, censura feroz e tornou Kadafi um dos homens mais ricos do continente africano. Com o fim de seu governo, o país passou a ser disputado por forças tribais, por um governo democrático ainda fraco e por uma célula do Estado Islâmico, que opera na região leste da nação.

6º - Angola

O país africano passou por uma grave guerra civil durante a década de 1990. Foi um dos países do continente que adotou um regime comunista ("República Popular de Angola"), que teve fim em 1992. De 1975 até 1992, o partido que ainda governa Angola liderou a nação em regime de partido único, mas, nominalmente, adotou a social-democracia após o colapso do bloco oriental. Estima-se que, apenas em 2010, um quarto do PIB angolano tenha sido desviado em esquemas de corrupção.
Ditador de Angola, José Eduardo dos Santos
Imagem: Diário Digital

5º - Sudão do Sul

O Sudão do Sul, país fundado em 2011 após uma longa guerra civil, ainda passa por graves conflitos étnicos e casos de abuso de poder governamental. Forças de segurança são acusadas de cometerem abusos contra jornalistas e até mesmo estupros em massa, bem como operações de punições a minorias étnicas. A economia ainda depende principalmente da agricultura, e o país praticamente não possui infra-estrutura para produção artigos industrializados. 

4º - Sudão

O Sudão já passou por uma grave fome que ceifou mais de 2 milhõe de vidas, durante a década de 80. Milícias governamentais islâmicas foram acusadas de promover genocídio contra minorias, e o país praticamente não possui liberdade de imprensa. A punição para muçulmanos que deixam a fé em geral é a morte, e o país está constantemente à beira de crises de abastecimento que despertam a atenção da comunidade internacional para riscos de mais mortes em grande quantidade. A economia do país era ajudada pela exportação de petróleo, mas a atual crise tornou a situação da nação africana ainda mais difícil.

3º - Afeganistão

De 1978 até 1992, o Afeganistão foi governado por um regime comunista apoiado pela União Soviética. Ainda durante a chamada "República Democrática do Afeganistão", o país teve de lidar com grupos extremistas islâmicos, que acabaram por tomar o poder, na década de 90. Com o estabelecimento do governo talibã, a economia do país passou efetivamente a ser movida pelo tráfico internacional da papoula, utilizada na fabricação da heroína - os recursos eram empregados pelos jihadistas na aquisição de armamentos. Além do tráfico de opiáceos, o país foi afetado por graves abusos contra os direitos humanos, incluindo execuções em praça pública, violações dos direitos das mulheres, das liberdades de imprensa e perseguições étnicas. Com a invasão americana, a situação não melhorou muito - o talibã continua a atuar no país e no Paquistão, Estado vizinho. O tráfico de entorpecentes continua a financiar a guerrilha fundamentalista.
Coreia do Norte, um dos últimos regimes comunistas
Imagem: ABC News

2º - Coreia do Norte

A Coreia do Norte é considerada um dos últimos regimes comunistas clássicos, de partido único, que segue uma interpretação própria do socialismo (na ideologia nomeada pelo fundador do pequeno país como "Juche", ou "auto-suficiência"). O país seguia, até o colapso da União Soviética e dos países do bloco oriental, uma economia planificada clássica, com quase a totalidade das atividades produtivas sob controle direto do Estado. Com o fim do "socialismo real", o país sofreu uma grave crise de abastecimento, que gerou uma grande fome, na década de 1990. No total, estima-se que mais de dois milhões de coreanos morreram de fome, no período. Hoje, o país adotou alguma abertura econômica, especialmente para o comércio com a China, e chegou a estabelecer iniciativas industriais em parceria com a Coreia do Sul. O país também estabeleceu políticas similares à criação das "ZEEs" chinesas, para tentar otimizar a produção de manufaturados. Todavia, a aquisição de bens fundamentais ainda é um problema para a maioria dos cidadãos, e a corrupção é o meio encontrado para suprir a economia popular e até mesmo oferecer oportunidades de fuga para pessoas que queiram deixar a nação asiática.

1º - Somália

De 1969 até 1991, a Somália foi governada por um regime comunista de partido único, inspirado no modelo marxista-leninista da URSS. O governo não teve fim com um processo de democratização, mas com uma guerra civil que deixou o poder nas mãos de grupos rebeldes independentes, levando o país a uma situação de caos que dura até hoje. O país está, praticamente, ainda em um estado de guerra civil, e até mesmo grupos extremistas islâmicos já tomam parte no conflito. A corrupção é considerada gigantesca, tanto no setor público quanto no setor privado.

Leia mais em:

CNBC

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