segunda-feira, 30 de maio de 2016

Lufthansa suspende vôos para Venezuela

Lufthansa, a gigante alemã da aviação e uma das maiores do setor na União Europeia, cancelou os vôos para a Venezuela, em meio à grave crise econômica e política que aflige o país caribenho. A nação socialista está passando por problemas como o aumento na inflação (o maior do continente) e uma crise de abastecimento que está tornando impossível a obtenção de ítens essenciais da cesta básica.

A companhia alemã informou que irá suspender indefinidamente os vôos para a Venezuela - Andreas Bartles, porta-voz da empresa, afirmou que a decisão de deu por duas razões: a primeira é a ausência de demanda para esse percurso, e a segunda são os problemas monetários pelos quais o país está passando, que dificultam a conversão de câmbio.

De acordo com o veículo de comunicação norte-americano CNN, a falta de vôos da Lufthansa é "o menor dos problemas da Venezuela" - o país vive severas complicações no abastecimento de alimentos, itens necessários no dia a dia da população e até no suprimento de medicamentos. A Venezuela também enfrenta uma onda de manifestações populares que exigem o fim do governo socialista de Nicolás Maduro, que é acusado de perseguir opositores políticos e de empregar violência policial extrema contra participantes de protestos.

Mais sobre o tema - reportagem da Band sobre a crise na Venezuela:


segunda-feira, 23 de maio de 2016

Bayer pretende comprar Monsanto por U$62 bi

Conforme reportagem publicada pela agência de notícias britânica BBC, a Bayer - uma das maiores empresas da indústria farmacêutica mundial - pretende comprar a Monsanto - gigante da indústria agrícola - por um valor de 62 bilhões de dólares. O veículo de comunicação informa que a fusão pode ser "uma excelente oportunidade para a criação de um líder da produção agrícola global". 

Na opinião de John Colley, professor da Escola de Negócios de Warwick (do Reino Unido), a decisão da companhia alemã pela aquisição foi "ousada", e não condiz com a abordagem adotada normalmente pela organização, que tende a agir de forma mais conservadora nos negócios. O especialista, segundo a BBC, destaca que a Bayer normalmente opta por fazer sua expansão assumindo riscos baixos - a Monsanto é uma empresa que sofre ataques à sua marca, em decorrência do uso de produtos transgênicos, severamente criticados por movimentos e organizações não-governamentais ambientalistas.

Colley acredita que a oferta da soma significativa de capital para a aquisição foi uma estratégia da Bayer para "cercar" os principais responsáveis pela administração da companhia - agora, os líderes da Monsanto estariam com "pouco espaço para manobras". A empresa alemã conseguiu, com sua oferta, superar o maior lance já feito por qualquer organização do país em uma aquisição: o valor que mais se aproximou do atual foi a oferta da Daimler para a aquisição da Chrysler, em 1998, pelo preço de 38,6 bilhões de libras esterlinas (aproximadamente 55 bilhões de dólares).

De acordo com o portal G1, os executivos da Bayer enfatizaram, entre as razões para a compra, a possibilidade da criação de "uma empresa líder no setor agrícola, com grande potencial para inovação e para criar valor para as comunidades nas quais iremos atuar".

Assista à reportagem do canal AgriBusiness Global Update, do Youtube, sobre a oferta da Bayer:

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Recuperação da economia é maior desafio de Temer

Nas primeiras semanas de governo, o presidente Michel Temer enfrenta um desafio de proporções significativas - recuperar a economia brasileira, que passa por um quadro de inflação acelerada, desemprego de mais de 11 milhões de cidadãos e retração da indústria e da atividade econônica em geral. Na opinião da maioria dos analistas, a retirada do país da crise será a principal tarefa da nova administração.

Entre suas primeiras medidas, o sucessor de Dilma Rousseff tomou como objetivo a contenção de gastos públicos e a estruturação de uma equipe capaz de realizar os cortes necessários, com eficiência. A escolha de Henrique Meirelles para a chefia do Ministério da Fazenda foi bem recebida pelo mercado e pela maior parte da mídia - o antigo gestor do Banco Central é visto como favorável a uma agenda similar à de Joaquim Levy, que foi duramente criticado pela militância da presidência petista. Ao mesmo tempo, a nomeação de Maria Silvia Bastos Marques para o comando do BNDES foi qualificada como "um grande acerto" - a economista é apontada como "extremamente competente" e "a mulher poderosa do governo Temer". Marques foi responsável por auxiliar, com resultados notáveis, a prefeitura do Rio de Janeiro em contenção de gastos e ajustes nas finanças, entre os anos de 1993 e 1996.

Michel Temer também sinaliza modificações na equipe ministerial, e já anunciou a extinção de ao menos nove ministérios, incluindo o Ministério da Cultura. A medida, criticada pela maior parte da esquerda brasileira, possibilitará o fim de grande volume de cargos comissionados, que são vistos como uma das principais despesas desnecessárias do Estado brasileiro, e como uma das principais ferramentas empregadas em esquemas de corrupção e contratação de "funcionários fantasmas".

Assista à reportagem da TV Canção Nova sobre os desafios de Michel Temer na restauração da economia brasileira:


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