domingo, 31 de janeiro de 2016

Contas do setor público têm maior rombo na História

Valor supera os 110 bilhões de reais

Em 2015, as contas públicas de todos os entes federativos somadas (estados, municípios e Distrito Federal) apresentaram o maior déficit primário da História: o valor foi de 111,24 bilhões de reais. o que representa 1,88% do PIB nacional. O resultado catastrófico foi registrado em consequência da grave crise econômica pela qual o Brasil passa, e foi agravado pelo quadro de recessão na América Latina.

Bolsa de valores de São Paulo
Imagem: site Valor Mercado
A recessão agravou a arrecadação do Estado, que também foi afetado negativamente pelas chamadas "pedaladas fiscais", que utilizaram recursos que deveriam ser dos bancos públicos. A economia foi duramente afetada pelas manobras do governo de usar recursos dos bancos públicos para sustentar programas assistencialistas enquanto o país não tinha condição de honrar suas dívidas, durante a campanha presidencial de 2014. A stuação provocou o rebaixamento do Brasil pela agência de avaliação de risco de crédito Fitch, e a agência Standard & Poors avalia que o país não irá se livrar da crise tão cedo, uma vez que todo o continente continuará em recessão ao longo de 2016.

sábado, 30 de janeiro de 2016

Os 10 países mais corruptos do mundo, segundo ONG

ONG Transparência Internacional divulga lista dos países vistos como os mais corruptos do mundo

Na última quarta-feira, dia 27, o site do canal de notícias norte-americano CNBC divulgou a lista dos países percebidos como os mais corruptos do mundo pela organização não-governamental Transparência Internacional. A lista é estabelecida através da identificação das nações onde a corrupção estatal é menor, e onde os oficiais do governo podem ser mais facilmente levados a julgamento por crimes como a lavagem de dinheiro e o recebimento de propinas.
José Mário Vaz
Imagem: Diário Digital

10º - Guiné-Bissau

O país africano é governado pelo ditador José Mário Vaz, membro da sigla socialista "Partido Africano para a Independência de Guiné e Cabo Verde", que foi acusado de desviar mais de nove milhões de Euros que seriam dados a Angola, país com do qual é alidado. O grupo de Vaz chegou a governar Guiné-Bissau em um regime de partido único, com apoio da China, de Cuba e da União Soviética, durante a guerra fria. O PIB de Guiné-Bissau é um dos mais baixos do mundo, e o índice de desenvolvimento humano é um dos piores do planeta. A economia é essencialmente agrícola, e mais de 90% das exportações do país são de côcos e castanhas. O pequeno Estado também sofre com o tráfico de drogas, com destaque para a cocaína.

9º - Venezuela

A nação sul-americana é governada desde 2002 pelo regime fundado pelo já falecido líder Hugo Chávez. Apesar de prometer grandes melhorias sociais para os mais pobres, o regime chavista tornou a Venezuela o país mais violento do continente, e chocou o mundo com as imagens de filas gigantescas para a compra de bens essenciais, como os alimentos. A nação também é afligida pela falta de bens básicos, como o papel higiênico. Apesar da pobreza e da grave crise de desabastecimento, a família de Hugo Chávez é acusada de ter enriquecido por meios escusos - sua filha é considerada a mulher mais rica do país pelo veículo de comunicação Latin Post, com uma fortuna superior a quatro bilhões de dólares.

8º - Iraque

Além de passar por mais de 20 anos da ditadura do partido socialista árabe Baath, o Iraque teve de sobreviver a duas guerras nas quais foi invadido pelos Estados Unidos, e, atualmente, tem seu território disputado pela organização terrorista Estado Islâmico. O país foi governado com mão de ferro por Saddam Hussein, que chegou a usar gás mostarda contra a população civil, na tentativa de exterminar a etnia curda  - seu regime durou de 1979 até 2003. Desde então, o país sofre uma sucessão de tentativas de tomada do governo por organizações extremistas islâmicas, e registra grandes quantidades de recursos desviados em corrupção, no tráfico de armas e no roubo do recurso natural mais importante que possui: o petróleo.

7º - Líbia

A Líbia, que até 2012 era conhecida como "Grande República Socialista Árabe da Líbia", foi governada pelo coronel Muammar Kadafi durante 42 anos. O regime, integrante do movimento conhecido como "socialismo árabe", promoveu execuções de opositores, censura feroz e tornou Kadafi um dos homens mais ricos do continente africano. Com o fim de seu governo, o país passou a ser disputado por forças tribais, por um governo democrático ainda fraco e por uma célula do Estado Islâmico, que opera na região leste da nação.

6º - Angola

O país africano passou por uma grave guerra civil durante a década de 1990. Foi um dos países do continente que adotou um regime comunista ("República Popular de Angola"), que teve fim em 1992. De 1975 até 1992, o partido que ainda governa Angola liderou a nação em regime de partido único, mas, nominalmente, adotou a social-democracia após o colapso do bloco oriental. Estima-se que, apenas em 2010, um quarto do PIB angolano tenha sido desviado em esquemas de corrupção.
Ditador de Angola, José Eduardo dos Santos
Imagem: Diário Digital

5º - Sudão do Sul

O Sudão do Sul, país fundado em 2011 após uma longa guerra civil, ainda passa por graves conflitos étnicos e casos de abuso de poder governamental. Forças de segurança são acusadas de cometerem abusos contra jornalistas e até mesmo estupros em massa, bem como operações de punições a minorias étnicas. A economia ainda depende principalmente da agricultura, e o país praticamente não possui infra-estrutura para produção artigos industrializados. 

4º - Sudão

O Sudão já passou por uma grave fome que ceifou mais de 2 milhõe de vidas, durante a década de 80. Milícias governamentais islâmicas foram acusadas de promover genocídio contra minorias, e o país praticamente não possui liberdade de imprensa. A punição para muçulmanos que deixam a fé em geral é a morte, e o país está constantemente à beira de crises de abastecimento que despertam a atenção da comunidade internacional para riscos de mais mortes em grande quantidade. A economia do país era ajudada pela exportação de petróleo, mas a atual crise tornou a situação da nação africana ainda mais difícil.

3º - Afeganistão

De 1978 até 1992, o Afeganistão foi governado por um regime comunista apoiado pela União Soviética. Ainda durante a chamada "República Democrática do Afeganistão", o país teve de lidar com grupos extremistas islâmicos, que acabaram por tomar o poder, na década de 90. Com o estabelecimento do governo talibã, a economia do país passou efetivamente a ser movida pelo tráfico internacional da papoula, utilizada na fabricação da heroína - os recursos eram empregados pelos jihadistas na aquisição de armamentos. Além do tráfico de opiáceos, o país foi afetado por graves abusos contra os direitos humanos, incluindo execuções em praça pública, violações dos direitos das mulheres, das liberdades de imprensa e perseguições étnicas. Com a invasão americana, a situação não melhorou muito - o talibã continua a atuar no país e no Paquistão, Estado vizinho. O tráfico de entorpecentes continua a financiar a guerrilha fundamentalista.
Coreia do Norte, um dos últimos regimes comunistas
Imagem: ABC News

2º - Coreia do Norte

A Coreia do Norte é considerada um dos últimos regimes comunistas clássicos, de partido único, que segue uma interpretação própria do socialismo (na ideologia nomeada pelo fundador do pequeno país como "Juche", ou "auto-suficiência"). O país seguia, até o colapso da União Soviética e dos países do bloco oriental, uma economia planificada clássica, com quase a totalidade das atividades produtivas sob controle direto do Estado. Com o fim do "socialismo real", o país sofreu uma grave crise de abastecimento, que gerou uma grande fome, na década de 1990. No total, estima-se que mais de dois milhões de coreanos morreram de fome, no período. Hoje, o país adotou alguma abertura econômica, especialmente para o comércio com a China, e chegou a estabelecer iniciativas industriais em parceria com a Coreia do Sul. O país também estabeleceu políticas similares à criação das "ZEEs" chinesas, para tentar otimizar a produção de manufaturados. Todavia, a aquisição de bens fundamentais ainda é um problema para a maioria dos cidadãos, e a corrupção é o meio encontrado para suprir a economia popular e até mesmo oferecer oportunidades de fuga para pessoas que queiram deixar a nação asiática.

1º - Somália

De 1969 até 1991, a Somália foi governada por um regime comunista de partido único, inspirado no modelo marxista-leninista da URSS. O governo não teve fim com um processo de democratização, mas com uma guerra civil que deixou o poder nas mãos de grupos rebeldes independentes, levando o país a uma situação de caos que dura até hoje. O país está, praticamente, ainda em um estado de guerra civil, e até mesmo grupos extremistas islâmicos já tomam parte no conflito. A corrupção é considerada gigantesca, tanto no setor público quanto no setor privado.

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CNBC

Standard & Poors prevê recesso na América Latina, para 2016

Conforme matéria publicada pela revista Exame, a agência de classificação de risco de crédito Standard & Poors prevê recessão para a América Latina, no ano de 2016. A região terá um encolhimento na economia de 0,2%, que será menor que o previsto anteriormente (0,5%). O Brasil sofrerá mais que os demais países, podendo registrar retração de 0,3% no PIB. Segundo a matéria publicada no site do periódico, a projeção se deve às fracas perspectivas para o Brasil, afetado gravemente pela instabilidade política, pela volatilidade dos mercados financeiros e pela queda nos preços das matérias primas - com destaque para o petróleo.

De acordo com a CNN, a recessão brasileira "não para de piorar", o que agrava a situação regional. Conforme o veículo de comunicação norte-americano, o país passa pela mais grave recessão desde a década de 1930. A situação é agravada pelo escândalo de corrupção na Petrobras - companhia que movimentava parte importante da economia nacional. O veículo destaca que a inflação atual "é a maior em 12 anos", superior aos 10,7%. A possibilidade de impeachment de Dilma Rousseff não torna o quadro menos grave.

Além dos problemas no Brasil, o continente é afetado pelas disputas de poder na Venezuela - que sofre com as maiores taxas de inflação entre todas as nações americanas. A vitória da oposição no congresso do país socialista pode representar futura instabilidade. O peso mexicano, que sofre desvalorização, também contribui para as projeções de recessão para os países da região. As economias do México, Colômbia e Venezuela também está sendo afetadas negativamente pelo preço do petróleo, que não tende a subir em breve.

Imagem: Topnews

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