sábado, 24 de junho de 2017

Airbnb lança novo sistema de qualificações

Empresa que revolucionou o mercado de hospedagens passará a registrar os melhores locadores como "premium", de acordo com qualidade do imóvel

A gigante das locações de curta temporada, a Airbnb, começará, a partir do final deste ano, a implementar um novo sistema de qualificações para locadores que oferecem melhores condições para hóspedes. Os imóveis passarão a ser listados como "premium", caso disponibilizem mobília luxuosa, roupas de cama e banho de melhor qualidade e outros benefícios e facilidades para os clientes. A nova abordagem foi noticiada pelo veículo de comunicação norte-americano CNN, na última quinta-feira, dia 22.

De acordo com a reportagem, a ideia que inspira as mudanças discretas no sistema de qualificação tem por objetivo atrair novos clientes, que poderiam ficar hesitantes em alugar um quarto de uma pessoa desconhecida - que não tem vínculos diretos a um hotel ou companhia convencional de hotelaria. A proposta será, conforme a CNN, um "novo programa de controle de qualidade" para os parceiros da empresa.

Parte da abordagem é disputar o nicho de mercado dos hotéis, conquistando clientes que "valorizem mais o luxo e o conforto". Esse tipo de cliente estaria, em condições normais, mais disposto a procurar hotéis, ao invés de serviços com linhas próximas ao couch-surfing. A matéria acrescenta que a empresa já começou a procurar anfitriões para o programa das vagas "premium", e apenas os que ofereçam condições de alta qualidade poderão ser listados na nova categoria. O processo de avaliação incluirá critérios objetivos e subjetivos, segundo a CNN. Uma equipe da Airbnb irá verificar a qualidade da mobília, a velocidade da internet, da televisão, dos colchões e das roupas de cama e de banho no imóvel do parceiro.

A companhia conseguiu, ao longo dos últimos anos, se destacar por possibilitar a proprietários de imóveis convencionais a obtenção de renda extra através da locação de quartos por períodos menores de tempo - o valor da startup já alcançou a casa dos 32 bilhões de dólares.

Mais sobre o tema - reportagem da rede de comunicação norte-americana CBS sobre a ascensão das empresas de sharing economy como a Uber e a Airbnb:

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Recuperação econômica segue ritmo lento

Situação no país ainda é difícil, e atual aquecimento da economia não é suficiente para plena recuperação do PIB

Conforme notícia veiculada hoje, dia 16, pelo site oficial do jornal O Estado de S. Paulo, houve pequeno aquecimento da economia em abril, após uma queda no mês de março. O veículo de comunicação informa que o Índice de Atividade Eonômica do Banco Central teve alta de 0,28% em abril - as quedas persistentes observadas na economia brasileira até este momento, associadas à pequena velocidade de recuperação, sugerem que o país vivenciará uma situação mais desfavorável, ao longo de 2017, do que a anunciada pelo atual comando do Executivo. Ainda de acordo com o jornal, entre os setores da economia que apresentam sinais de recuperação estão o automotivo e o têxtil.

O periódico informa que, apesar do prolongado período de crise, houve alta no ínidce do Banco Central de 1,45% no trimestre, em comparação com o período entre novembro de 2016 e janeiro de 2017. A recuperação é pequena, e ainda não é acompanhada de reduções nos níveis de desemprego, considerados alguns dos mais urgentes pela atual administração - conforme o site do veículo Folha de São Paulo, os setores agrícola e da construção civil tiveram alguns dos piores cortes nos números de postos de trabalho no país, até abril deste ano.

A matéria do Estado de S. Paulo acrescenta que houve alguma recuperação da indústria em 2017, mas que analistas acreditam que é muito cedo para afirmar que a recessão brasileira chegou ao fim. As vendas do setor varejista também apresentaram melhoria, considerada expressiva pelo governo - foi registrado o melhor valor, em um período de um ano (aumento de 1% nas vendas). Conforme reportagem da Rádio Jovem Pan, os atuais dados sobre a economia indicam que a situação é bem pior do que a esperada pela administração, e que as melhorias ainda não são suficientes para superação da catástrofe vivida ao longo dos últimos anos, com retração sistemática da produção industrial, dos níveis de emprego e mesmo com aumentos na inflação. A indústria nacional também sofre com a competição chinesa, e o setor petrolífero vivencia período ruim, com baixas nos peços da commodity que promoveu valorização da maior estatal brasileira ao longo da década de 2000. 

Mais sobre o tema - reportagem da Rádio Jovem Pan sobre a gradual recuperação econômica:

terça-feira, 6 de junho de 2017

Preços do petróleo seguem tendência de queda

Tensão política entre Estados Árabes e aumento da produção americana afetam preços da commodity

Conforme notícia divulgada ontem, dia 5, pela agência Reuters, os preços do petróleo deverão seguir tendência de queda, como consequência das tensões entre os Estados árabes e do aumento da produção de combustíveis fósseis nos Estados Unidos, um dos maiores consumidores mundiais do recurso e a nação que possui algumas das mais significativas reservas de petróleo e xisto. A situação causou impacto desfavorável para a estratégia da OPEP, que consistia na redução da produção do recurso para fomentar elevações nos preços.

Em decorrência da acusação de proximidade entre o Catar e movimentos extremistas atuantes no Oriente Médio, os governos do Egito, Emirados Árabes, Líbia, Arábia Saudita e outros Estados de maioria sunita suspenderam ligações diplomáticas com pequeno país, que também é o 17º maior produtores da commodity, e integrante da OPEP. O governo do Catar teme consequências econômicas desastrosas, uma vez que parte significativa do abastecimento da nação, inclusive para itens básicos de alimentação, depende do comércio com a Arábia Saudita e demais vizinhos.

A divisão interna da OPEP não é o único fator que desempenha papel na queda nos preços do petróleo - os Estados Unidos, desde a mudança na Presidência, fomenta o aumento na produção de combustíveis fósseis. As reservas do recurso existentes dentro do território americano eram vistas como "estratégicas", e seu uso foi controlado - atualmente, o governo adota diretriz oposta, que leva ao aumento da produção, à queda nos preços e a maior poder econômico da potência ocidental sobre os principais exportadores do óleo. Ao mesmo tempo, o estímulo ao uso de energias alternativas, inlcuindo para o setor automobilístico, assim como o desenvolvimento de tecnologias para refino de combustíveis a partir do xisto betuminoso, são elementos que reforçam a tendência de queda no valor da principal exportação do governo saudita e de seus aliados regionais.

Mais sobre o tema - comentário da rede de televisão norte-americana ABC sobre as tensões entre os membros da OPEP, motivadas pela acusação de proximidade entre o governo do Qatar e extremistas religiosos que atuam no Oriente Médio:

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