quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Ações da Apple seguem tendência de queda

Conforme a rede britânica de comunicação BBC, as ações da gigante tecnologia, Apple, estão em queda, e levam, hoje, tendência de desvalorização à Bolsa de Valores de Nova Iorque. De acordo com o veículo, as ações tiveram queda de quase 4%.

A tendência à desvalorização e à redução de lucros é novidade para a empresa - segundo a BBC, é a primeira vez, desde 2001, que a Apple registra redução em seus lucros anuais. Também foi registrada desvalorização na Boeing, uma das maiores companhias de aviação do mundo - a queda nos valores da empresa do setor aeroespacial foi de 1,4%.

Em decorrência das quedas nas vendas de seu principal produto, o Iphone, a Apple tem buscado dar maior ênfase a seus serviços e à AppStore - produtos desligados do foco tradicional da companhia, que foi, ao longo de décadas, o desenvolvimento de hardwares de alto desempenho e com grande aceitação pelo público como os de maior qualidade. A ascensão de concorrentes como a Samsung, no mercado de telefones celulares, e da Android, na produção de softwares para aparelhos portáteis, trouxe desafio importante à gigante da tecnologia. A empresa também perdeu parte de seu impulso criativo com a morte do "mentor" e mais importante CEO de sua história, Steve Jobs, considerado o empresário mais inovador do segmento.

A nova abordagem da Apple é similar à mudança feita pela IBM - a companhia, notória, no princípio, pela produção de hardwares de alta qualidade, passou a investir mais recursos em serviços. As quedas de vendas da companhia criada por Jobs podem indicar o início de um novo caminho, diante de desafios trazidos por concorrentes que buscam, com cada vez mais sucesso, disputar os clientes que eram considerados quase um "nicho" da empresa, considerada sinônimo de desenvolvedora de produtos de luxo para consumidores inovadores e atraídos por tecnologia de ponta.

Confira na íntegra - reportagem sobre questões que afetam os lucros da Apple, pela rede de televisão americana CBS:

sábado, 8 de outubro de 2016

EUA criam 156.000 empregos, em setembro

A economia dos Estados Unidos continua a cerscer, demonstrando recuperação plena da crise de 2008, que levou o país a uma das mais graves recessões da História. A nação criou mais de 150.000 empregos, no mês de setembro, conforme a agência de comunicação britânica BBC. Apesar da expansão significativa do número de empregados, o crescimento foi menor do que o esperado - analistas estimavam um aumento para mais 167.000 postos de trabalho ocupados.

Os Estados Unidos estão sendo beneficiados pela queda internacional nos preços dos combustíveis fósseis, em decorrência das tecnologias de uso do xisto betuminoso (combustível existente em grandes volumes no território americano) e da superação da crise de 2008, fomentada pelos títulos subprime, de alto risco. Os dados referentes à economia dos EUA mostram a expansão do consumo, dos investimentos no próprio país e uma redução tímida dos investimentos de americanos fora do país. Ao mesmo tempo, as economias de outros países sofrem com recessões - como no caso da América Latina, prejudicada pela queda nos preços do petróleo - ou com desconfiança de investidores, que é o que ocorre na China, onde suspeita-se da estabilidade para os próximos anos.

O governo americano divulgou dados que indicam mais contratações nos setores de serviços e saúde. Apesar do aumento no número de postos de trabalho ocupados, o crescimento está abaixo do registrado no ano passado, quando foram criados, em média, 229.000 empregos por mês. A cotação do dólar também refletiu o cenário positivo da economia dos Estados Unidos - a moeda retoma, gradualmente, os patamares atingidos antes da grande crise.

Conforme a análise da BBC, "apesar de o crescimento no número de postos de trabalho ocupados ter sido menor em 2016 do que foi em 2015, o resultado é bastante satisfatório e mostra que eventuais problemas econômicos estão sendo compensados com a criação de novos postos de trabalho e com o consequente crescimento no nível de renda das famílias americanas. Em geral, pode-se dizer que esses dados são bons para o país, e que a gradual expansão nos níveis de emprego criará reflexos nos relatórios sobre o crescimento da economia". No entendimento do veículo jornalístico britânico, o país também poderá registrar menores taxas de juros durante esse ano, uma vez que a economia parece mais estável e mais atrante para os investidores.

Mais sobre o tema - agência de notícias AFP discute crescimento da economia americana:

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Governo controla despesas, em meio à crise

Como consequência da crise econômica e em coro com a política de ajuste fiscal, o Estado brasileiro está realizando menos investimentos - a revista Exame informa que os investimentos federais já acumulam queda de 14,2% em 2016. A previsão é de que os cortes de gastos sejam ainda maiores, e não apenas nos custos de infra-estrutura - já são discutidas leis de demissões de funcionários públicos, incluindo planos de afastamento voluntário, que deverão visar principalmente os ocupantes de cargos mais bem-remunerados. A revista aponta que a redução dos gastos com equipamentos e obras chegou a um patamar superior a dois bilhões de reais, em comparação entre os perídos de janeiro a agosto de 2015 e janeiro a agosto de 2016.

Mesmo o PAC - um dos principais projetos do governo, que inclui obras de infra-estrutura agrícola, habitação e transporte urbano - registrou corte de gastos, em volume expressivo. A redução do investimento nesse programa foi superior a 16%. O programa habitacional "minha casa, minha vida" também foi reduzido de forma significativa. No funcionalismo público (área na qual profissionais demonstram grande apreensão com a crise econômica e com as perpectivas de emprego no futuro próximo), o projeto atual do governo é incentivar demissões voluntárias, para reduzir a folha de pagamento dos ocupantes dos altos cargos da administração estatal - esse sistema, todavia, deverá oferecer indenizações grandes para os interessados, o que pode atrair funcionários que já estão próximos da aposentadoria.

A atual condução do ajuste fiscal provocou alívio nos investidores do país, o que levou a uma queda no valor do dólar. A mudança na Presidência também favoreceu a tendência - ao longo do processo visto nos últimos meses, a moeda americana tendeu a cair em valor a cada vitória da oposição. O esforço do governo para contenção de gastos tem por fim possibiliar que o Brasil gaste menos recursos do que arrecada, o que pode fazer com que os investidores tenham mais confiança na capacidade do Estado brasileiro de honrar dívidas e, em última análise, acabar com a crise do endividamento.

Em abril deste ano, o governo á havia decidido pela redução de 27,1% dos gastos do PAC. A decisão possibilitaria uma redução superior a sete bilhões de reais nos custos do programa, em comparação com o investimento realizado no último ano.

Mais sobre o tema - rádio Jovem Pan discute ajuste fiscal:


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