Como consequência da crise econômica e em coro com a política de ajuste fiscal, o Estado brasileiro está realizando menos investimentos - a revista Exame informa que os investimentos federais já acumulam queda de 14,2% em 2016. A previsão é de que os cortes de gastos sejam ainda maiores, e não apenas nos custos de infra-estrutura - já são discutidas leis de demissões de funcionários públicos, incluindo planos de afastamento voluntário, que deverão visar principalmente os ocupantes de cargos mais bem-remunerados. A revista aponta que a redução dos gastos com equipamentos e obras chegou a um patamar superior a dois bilhões de reais, em comparação entre os perídos de janeiro a agosto de 2015 e janeiro a agosto de 2016.
Mesmo o PAC - um dos principais projetos do governo, que inclui obras de infra-estrutura agrícola, habitação e transporte urbano - registrou corte de gastos, em volume expressivo. A redução do investimento nesse programa foi superior a 16%. O programa habitacional "minha casa, minha vida" também foi reduzido de forma significativa. No funcionalismo público (área na qual profissionais demonstram grande apreensão com a crise econômica e com as perpectivas de emprego no futuro próximo), o projeto atual do governo é incentivar demissões voluntárias, para reduzir a folha de pagamento dos ocupantes dos altos cargos da administração estatal - esse sistema, todavia, deverá oferecer indenizações grandes para os interessados, o que pode atrair funcionários que já estão próximos da aposentadoria.
A atual condução do ajuste fiscal provocou alívio nos investidores do país, o que levou a uma queda no valor do dólar. A mudança na Presidência também favoreceu a tendência - ao longo do processo visto nos últimos meses, a moeda americana tendeu a cair em valor a cada vitória da oposição. O esforço do governo para contenção de gastos tem por fim possibiliar que o Brasil gaste menos recursos do que arrecada, o que pode fazer com que os investidores tenham mais confiança na capacidade do Estado brasileiro de honrar dívidas e, em última análise, acabar com a crise do endividamento.
Em abril deste ano, o governo á havia decidido pela redução de 27,1% dos gastos do PAC. A decisão possibilitaria uma redução superior a sete bilhões de reais nos custos do programa, em comparação com o investimento realizado no último ano.
Mais sobre o tema - rádio Jovem Pan discute ajuste fiscal:
Em abril deste ano, o governo á havia decidido pela redução de 27,1% dos gastos do PAC. A decisão possibilitaria uma redução superior a sete bilhões de reais nos custos do programa, em comparação com o investimento realizado no último ano.
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