Conforme notícia divulgada ontem, dia 5, pela agência Reuters, os preços do petróleo deverão seguir tendência de queda, como consequência das tensões entre os Estados árabes e do aumento da produção de combustíveis fósseis nos Estados Unidos, um dos maiores consumidores mundiais do recurso e a nação que possui algumas das mais significativas reservas de petróleo e xisto. A situação causou impacto desfavorável para a estratégia da OPEP, que consistia na redução da produção do recurso para fomentar elevações nos preços.
Em decorrência da acusação de proximidade entre o Catar e movimentos extremistas atuantes no Oriente Médio, os governos do Egito, Emirados Árabes, Líbia, Arábia Saudita e outros Estados de maioria sunita suspenderam ligações diplomáticas com pequeno país, que também é o 17º maior produtores da commodity, e integrante da OPEP. O governo do Catar teme consequências econômicas desastrosas, uma vez que parte significativa do abastecimento da nação, inclusive para itens básicos de alimentação, depende do comércio com a Arábia Saudita e demais vizinhos.
A divisão interna da OPEP não é o único fator que desempenha papel na queda nos preços do petróleo - os Estados Unidos, desde a mudança na Presidência, fomenta o aumento na produção de combustíveis fósseis. As reservas do recurso existentes dentro do território americano eram vistas como "estratégicas", e seu uso foi controlado - atualmente, o governo adota diretriz oposta, que leva ao aumento da produção, à queda nos preços e a maior poder econômico da potência ocidental sobre os principais exportadores do óleo. Ao mesmo tempo, o estímulo ao uso de energias alternativas, inlcuindo para o setor automobilístico, assim como o desenvolvimento de tecnologias para refino de combustíveis a partir do xisto betuminoso, são elementos que reforçam a tendência de queda no valor da principal exportação do governo saudita e de seus aliados regionais.
Mais sobre o tema - comentário da rede de televisão norte-americana ABC sobre as tensões entre os membros da OPEP, motivadas pela acusação de proximidade entre o governo do Qatar e extremistas religiosos que atuam no Oriente Médio:
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