De acordo com notícia publicada no último dia 4 pelo site da rede de televisão norte-americana CNBC, a inflação na zona do Euro é a maior desde setembro de 2013 - o dado pode ser consequência de altas nos preços de energia e combustíveis. Os preços dos combustíveis que levam ao aumento nos índices gerais de preços na região foram infuenciados pela decisão dos países produtores de petróleo de redução na produção da commodity, efetivada pela OPEP no final de 2016.
Conforme a CNBC, "os preços ao consumidor atingiram níveis que não eram vistos há quatro anos, com um aumento de 1,1% em dezembro do ano passado. O dado a respeito do aumento nos preços foi publicado pelo Gabinete de Estatísticas da União Europeia (Eurostat). O relatório indica que o aumento considerável nos preços ocorreu em decorrência de aumentos nos preços da energia". O aumento apresentou uma diferença significativa em relação ao registrado no mês de novembro, quando o Eurostat estimava que a inflação anual, em 2016, seria de 0,6%. O site jornalístico acrescenta que a nova informação preocupa os gestores do Banco Central Europeu a respeito da estabilidade dos preços para a população.
O site Euronews informa que o aumento na inflação pode gerar críticas importantes à política de expansão monetária praticada pela União Europeia. O veículo de comunicação também aponta o aumento nos preços da energia como a principal razão para aumento geral nos preços na região - a inflação chegou a 2,5% neste campo, com destaque para os aumentos nos preços do petróleo.
Para o site jornalístico britânico Express, o aumento expressivo na inflação pode levar a conflitos entre os gestores do Banco Central Europeu e o governo alemão, que entende o aumento do custo de vida da população da maior economia da Zona do Euro como um problema grave. Integrantes do governo da Alemanha entendem a política monetária praticada pelo bloco como irresponsável e incapaz de resolver os problemas de cada um dos países-membros, que são diferentes em natureza e escala. A atual política do BCE é vista como de "injeção descontrolada de moeda", que, na atual situação de aumento de preços da energia, favorece quadros mais severos de inflação.
Mais sobre o tema - reportagem do canal Euronews Business sobre a inflação europeia:
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