O banco Lehman Brothers foi uma das instituições financeiras responsáveis pela catástrofe econômica que resultou na crise de 2008. Enquanto os EUA registraram um aumento espantoso do crédito para consumidores que não tinham condições de honrarem dívidas para aquisição de casas, os bancos entenderam que a situação se manteria estável e continuaram a conceder empréstimos como se a bolha no setor imobiliário jamais fosse explodir. Mas, como o mundo viu (e sofreu), o modelo desmoronou e muitos bancos foram levados à falência - o problema tomou proporções comparáveis à crise de 1929. A associação com tal destruição pode não ser favorável, para a maioria dos produtos - exceto para armas, ou, quem sabe, bebidas alcoólicas, e a última das hipóteses é exatamente a que agora conta com o "renascimento" do nome Lehman Brothers.
Lehman Brothers - um dos bancos envolvidos na crise do subprime Imagem: Guest of a Guest |
De acordo com a agência de notícias norte-americana CNN, a aposta da marca é associar-se ao risco, e à ideia de "queimar notas de dólares": o produto mais bem-sucedido sob a etiqueta é o whisky "cinzas do desastre". O nome do malfadado voltou à vida graças ao empresário James Green, um londrino de 34 anos, que vê seu produto como "uma sugestão indecente de um fruto prestes a cair". A CNN informa que Green pretende introduzir o novo whisky em redes de bares do Reino Unido e dos EUA.
O empresário chegou a ser processado, em 2014, pela companhia que comprou o banco, dono original do nome. Apesar da tentativa de imposição da mudança, a empresa que moveu o processo suspendeu o caso em outubro de 2015. James Green apela também para a associação com "manobras impetuosas", "jogos de azar demorados e consequências explosivas", com um dos produtos incluídos no novo Lehman Brothers, "snapfire".
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